domingo, 11 de novembro de 2012

Corte no financiamento às Universidades Públicas




O Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Rendas alerta para o facto de as universidades poderem chegar a meio do ano sem dinheiro para pagar salários devido aos cortes previstos no Orçamento do Estado (OE) de 2013. Reforçando a ideia de que “a situação das universidades é muito grave” e que esta redução prevista de 9,4 por cento vai limitar “a capacidade de intervenção”. Referiu também que os cortes terão “efeitos imprevisíveis e irreversíveis em todo o sistema universitário”, tendo talvez de deixar de assumir compromissos com parceiros internacionais.

Numa conferência que reuniu todos os reitores das Universidades Públicas, estes admitiram decretar estado de emergência, colocando mesmo a hipótese de fazer greve por causa de cortes no Orçamento do Estado de 2013. Informando que as universidades podem ficar sem dinheiro para pagar salários.

As Universidades Públicas são financiadas pelo Estado e uma das medidas para reduzir a dívida externa é o corte do financiamento nas Universidades. Este corte deve-se à divida externa e em consequência da entrada da Troika em Portugal, obrigando a vários cortes com o fim de reduzir despesas públicas.

O corte de quase 10% do financiamento às Universidades Públicas pode originar várias consequências como a redução de funcionários, a subida das propinas, a redução do número de alunos inscritos no ensino superior e até mesmo ao encerramento de certas Universidades.

Esta medida levará a outras e, no fundo, será um círculo vicioso. As famílias, com o corte no seu orçamento e com a subida das propinas, não poderão sustentar a permanência dos filhos no ensino superior. Estes, por sua vez, não encontrarão trabalho e a solução será a saída de Portugal. O que é uma lástima, visto Portugal ter formado jovens para aumentar a sua produtividade e desenvolvimento, investimento esse que não dará frutos para o nosso país, mas sim para os países para onde os jovens emigrarem.

O corte do orçamento familiar deve-se essencialmente à descida dos salários e mesmo ao desemprego, que se encontra numa subida constante e galopante, que leva muitas famílias a não terem meios de subsistência. E o nosso Primeiro-Ministro, Passos Coelho, vem dizer para não serem piegas, que o desemprego cria novas oportunidades. Quais oportunidades? A fome, a miséria, a pobreza. Solução emigração.

Qual será o fim de Portugal? Como se encontrará após a saída da Troika?
Com menos população com certeza, já que até o Primeiro-Ministro Passos Coelho manda emigrar; com menos mão-de-obra formada; com muita pobreza. Possivelmente, Portugal estará em recuperação, em desenvolvimento após um período de forte recessão – mas a que preço?

Ana Catarina Gonçalves

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