O Presidente do
Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Rendas alerta para
o facto de as universidades poderem chegar a meio do ano sem dinheiro para
pagar salários devido aos cortes previstos no Orçamento do Estado (OE) de 2013.
Reforçando a ideia de que “a situação das universidades é muito grave” e que
esta redução prevista de 9,4 por cento vai limitar “a capacidade de
intervenção”. Referiu também que os cortes terão “efeitos imprevisíveis e
irreversíveis em todo o sistema universitário”, tendo talvez de deixar de
assumir compromissos com parceiros internacionais.
Numa conferência que
reuniu todos os reitores das Universidades Públicas, estes admitiram decretar
estado de emergência, colocando mesmo a hipótese de fazer greve por causa de
cortes no Orçamento do Estado de 2013. Informando que as universidades podem
ficar sem dinheiro para pagar salários.
As Universidades
Públicas são financiadas pelo Estado e uma
das medidas para reduzir a dívida externa é o corte do financiamento nas
Universidades. Este corte deve-se à divida externa e em consequência da entrada
da Troika em Portugal, obrigando a vários cortes com o fim de reduzir despesas
públicas.
O corte de quase 10% do
financiamento às Universidades Públicas pode originar várias consequências como
a redução de funcionários, a subida das propinas, a redução do número de alunos
inscritos no ensino superior e até mesmo ao encerramento de certas Universidades.
Esta medida levará a
outras e, no fundo, será um círculo vicioso. As famílias, com o corte no seu
orçamento e com a subida das propinas, não poderão sustentar a permanência dos
filhos no ensino superior. Estes, por sua vez, não encontrarão trabalho e a
solução será a saída de Portugal. O que é uma lástima, visto Portugal ter
formado jovens para aumentar a sua produtividade e desenvolvimento,
investimento esse que não dará frutos para o nosso país, mas sim para os países
para onde os jovens emigrarem.
O corte do orçamento
familiar deve-se essencialmente à descida dos salários e mesmo ao desemprego, que
se encontra numa subida constante e galopante, que leva muitas famílias a não
terem meios de subsistência. E o nosso Primeiro-Ministro, Passos Coelho, vem
dizer para não serem piegas, que o desemprego cria novas oportunidades. Quais
oportunidades? A fome, a miséria, a pobreza. Solução emigração.
Qual será o fim de
Portugal? Como se encontrará após a saída da Troika?
Com menos população com
certeza, já que até o Primeiro-Ministro Passos Coelho manda emigrar; com menos
mão-de-obra formada; com muita pobreza. Possivelmente, Portugal estará em
recuperação, em desenvolvimento após um período de forte recessão – mas a que
preço?
Ana Catarina Gonçalves
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