terça-feira, 26 de março de 2013

"Função pública perdeu 50.000 trabalhadores nos últimos dois anos"



O secretário de Estado da Administração Pública afirmou hoje, no parlamento, que, nos últimos dois anos saíram 50.000 trabalhadores da função pública.

O governante, que falava na comissão parlamentar de Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), começou por dizer que "a reforma do Estado é um processo contínuo e permanente", que o executivo tem vindo a implementar.
Um dos aspectos apontados por Hélder Rosalino foi "a redução estrutural de trabalhadores da administração pública, de 50.000 trabalhadores".
De acordo com o secretário de Estado, "não há registo de uma reestruturação desta dimensão, numa altura em que aumenta a procura de serviços públicos, decorrente da situação do país".
Hélder Rosalino apontou ainda a redução de uma série de estruturas do Estado, que permitiu reduzir o número de cargos dirigentes "que não eram necessários, bem como "o incremento da mobilidade" profissional.
"É aqui que entra o programa de rescisões", referiu o governante, mostrando-se surpreendido com algumas afirmações dos partidos da oposição, nomeadamente do Partido Socialista (PS), que, nas palavras do governante, confundem rescisões com despedimentos.
Hélder Rosalino disse que cerca de 200.000 trabalhadores da administração pública realizam funções pouco qualificadas, ou seja, acrescentou, o equivalente a 40% dos funcionários públicos.
"Num momento de contracção, as empresas reorganizam-se e valorizam mais umas funções do que outras. Na administração pública, isso também tem de ser feito", afirmou Rosalino.

Económico, 19/03/13

            Deparamo-nos com mais uma notícia de despedimentos, desta vez na Administração Pública, como que uma constatação global do panorama laboral desta administração. Como é que se qualifica o despedimento de 50.000 pessoas em dois anos? Reestruturar a administração pública é a resposta dos nossos governantes. De que maneira é que isso poderá beneficiar a administração pública e particulares? Com prazos intermináveis e desorganização, por certo. Já que não se qualifica o despedimento tão repentino de 50.000 pessoas, devendo esse processo, a realizar-se, dar-se num espaço de tempo mais prolongado, dando oportunidade às estruturas de organização e às pessoas de adaptação.
Ana Rita Dias, nº  21976, Sub turma 1

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